Polícia Civil deflagra 5ª fase da Operação Sodoma
A Polícia Judiciária Civil de Mato
Grosso deflagrou na manhã desta terça-feira (14.02) 5ª fase da Operação
Sodoma, que investiga fraudes à licitação, desvio de dinheiro público e
pagamento de propinas, realizados pelos representantes da empresa Marmeleiro
Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA,
em benefício da organização criminosa comandada pelo ex-governador, Silval da
Cunha Barbosa.
A investigação presidida pela
Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública,
cumpre cinco mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva e nove
de busca e apreensão domiciliar, nos estados de Mato Grosso, Santa Catariana e
Distrito Federal. Participam da operação 17 equipes de policiais civis,
compostas por delegados, investigadores e escrivães.
Os mandados de prisão foram cumpridos
contra os investigados: Valdisio Juliano Viriato, Francisco Anis Faiad, Silval
da Cunha Barbosa, Sílvio Cesar Corrêa Araújo, Jose Jesus Nunes Cordeiro. Entre
os conduzidos coercitiva para interrogatórios estão: Wilson Luiz Soares, Mario
Balbino Lemes Junior, Rafael Yamada Torres, Marcel Souza de Cursi, Valdecir
Cardoso de Almeida.
Os suspeitos são investigados em
fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos
celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço
Tecnológico e Informática LTDA, nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do
Estado de Mato Grosso.
Segundo a Polícia Civil apurou, as
empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação
Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas,
utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de
Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana
(Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).
As duas empresas, juntas, receberam
aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato
Grosso, em licitações fraudadas. Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de
propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de
R$ 7 milhões.
Os presos e conduzidos estão sendo
levados para a Defaz. As ordens judiciais foram decretadas pela Juíza da 7ª
Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda.